segunda-feira, agosto 01, 2005

 

_Ah... É ele: o número 4!

CapaFinalmente coloquei as "mãos" no “4”! Ainda não comprei (AINDA!), mas pelo menos os arquivos em mp3 não consigo parar de ouvir, putz. Perfeito. Fã não pode fazer crítica de álbum nenhum de sua banda, mas eu vou me arriscar. Não dá para destacar uma, ou duas músicas.

É basicamente um CD para se ouvir e pronto, isso parece óbvio? Então faça o seguinte, escute-o como você costuma ouvir suas músicas enquanto digita um texto, enquanto conversa com alguém ao telefone. Depois sinta a diferença se você der prioridade a ele, escutando com cuidado. Ao ter contato com cada faixa você se dá conta que elas precisam de atenção, são letras tristes que precisam ser ouvidas em minúcias. Não é mais um álbum que tenta ser intelectual, ao contrário, ele é simples. Simples e carente. Parece que foi feito com esse intuito de fazer você parar e dar atenção, um álbum para ser acompanhado de várias formas. Brinque de procurar o “Ventura” nele, vai ser ótimo se surpreender e surpresa é a palavra. Os chamativos diálogos presentes nas letras do “Ventura” não apareceram dessa vez, o amor é encarado de outra forma. Por falar em “Ventura”, foi a partir dele que a gente aprendeu a sentir mais as músicas do Rodrigo Amarante, que foi crescendo e virou definitivamente um gigante, o álbum “4” que o diga. Marcelo Camelo está ainda mais sutil, mas não falha e continua brilhante. Não sei se foi ele quem se contagiou com a tristeza de Amarante ou o contrário, não gosto de música triste, mas nesse caso ela está irresistível.

E os hits? Pra quem se apaixonou por Los Hermanos na evolução (que continua) da banda quando eles não deram bola para refrão, fugirem das rádios, do efeito chiclete de Ana Júlia... Essa é definitivamente mais uma confirmação da competência de uma das bandas mais criativas dos últimos anos. Acho que só em “Horizonte Distante” alguém pode encontrar, se procurar, um espaço para aquela música que fica na cabeça e não sae de jeito nenhum com seu refrão repetitivo, mas que não chega a cansar. A próxima faixa, “Condicional” é uma das únicas onde as guitarras aparecem mais gritantes e também é uma das únicas onde os poucos gritos também aparecem, na minha opinião seria a melhor do álbum se não fosse “O Vento”. Primeiro single, sétima faixa, um século, um mês, três vidas e mais, um passo pra trás.

Nunca gostei tanto de um álbum que eu esperei tanto. Por que será? Vou pensar.






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